Resident Evil 5: Retribuição

A espera foi grande. O tempo parece que não corria. Frustrações ocorreram antes da exibição.

É! Foi isso que aconteceu com Resident Evil 5 Retribuição na cidade de Petrolina (PE), hoje em sua estréia.

Com cinco sessões abertas, apenas três podem ser comprovadas pelo público. A primeira sessão marcada para 13h:00 e a segunda para 15h:10 não puderam ser exibidas uma vez que o filme ainda não havia chegado na instituição.

Em todo caso, às 17h:20, pouco mais de *80 pessoas presenciaram o início do que seria o fim da humanidade. O filme iniciou após os trailers exibidos.

Resident Evil 5: Retribuição realmente começa de onde parou o Resident Evil 4: Recomeço. Os aviões V-22 atacando o Arcadia. No meio da guerra, os sobreviventes acabam se tornando vítimas. E lá se vai mais uma vez o fim da espécie humana. Pela primeira vez vemos Jill Valentine abrindo as primeiras cenas com muita ação e tiroteio. Não se preocupe, não será minha intenção contar o filme. Se bem que é empolgante.

Resident Eviil 5: Retribuição tem muio mais aproximidade com elementos dos games Resident Evil 4 e Resident Evil 5. Cenas de explosões tornam o filme mais interessante e pela segunda vez (com exceção de Resident Evil O Hóspede Maldito) sinto que estava jogando a nova versão do game. Temos os Zumbís, Las Plagas, Lickers, Majinis, Executioner (conhecido como Axe Man) e personagens como Leon, Ada e Barry, além do retorno de Jill e Wesker.

Existe, obviamente, cenas bastante exageradas, mas estamos falando de um filme de ficção-científica em que um vírus pode dominar o humano em coisas feias e que veio crescendo com a expansão dos games. Ainda assim, o filme consegue prender o espectador.

Jill Valentine, agora como a menina má, mais uma vez é digna de elogios, provando que pesquisa sobre a personagem dos games. Porém, suas falas tornam-se inconvenientes em certo ponto. Faltou mais o seu silêncio (já que estava sendo controlada) ou diálogos convicentes e fiéis a personagem (só para entender que não é erro da atriz e sim do roteirista).

Barry Burton, interpretado por Durand trouxe alegrias, mas foi um ponto errado colocá-lo sem por sua história em prática. Mas o ator é digno, já que usa umas das frases mais importantes de Barry (What's it this?) e a melhor arma do game Resident Evil 1, magnum. Leon S. Kennedy chega a ser interessante, mas não fiel o bastante. O ator prova que usou sua "própria" criação de pesquisa para compô-lo. O leon visto nso filmes está 100% longe de ser comparado com o Leon dos games que tanto é reverenciado.

Li Bingbing realmente fez seu dever de casa. Ensaiou direitinho suas cenas de luta, o modo como atira, e a reprodução de sua "primeira" aparição no game Resident Evil 4, está lá. Porém, não com Leon, com Alice. Mas no decorrer do filme ela é bem. Só não foi melhor, por que a Ada Wong dos games é muito melhor com suas ironias cômicas, o diálogo é perfeito e ótimo para a personagem. É lamentável que, Ada dos filmes perde feio para Ada dos games.

Michelle Rodriguez mostrou mais uma vez o brilho da Bad Rain e Good Rain. Ela é um arraso em suas cenas de lutas e tiroteios. Nem parece que a personagem morreu no longíquo Resident Evil O Hóspede Maldito. E o seu trágico fim torna os últimos minutos do filme com a certeza de que teremos Resident Evil 6.

Os personagens Carlos e One não foram tão bem aproveitados como deveriam, já que houve uma enorme divulgação sobre o retorno deles. Espero que seus destino tenham sido traçados corretamente como mostrado no filme. O personagem de Shawn Robets, Albert Wesker, deixou de ser aquele marco em potencial que é o dos jogos. Está longe do Wesker do seu sucesso antecessor. Alguns traços permanecem, mas outros poderiam ter melhorado. Mas a Becky, interpretada por Ariana é uma doce e incrível criança. Cumpre seu papel com perfeição, mesmo que ela não exista nos games. A atriz mirim mostra que seu talento é super convicente ainda mais em seu diálogo com a Good Rain.

Alice continua crescendo de uma forma impressionante. Vemos ela como uma guerreira e uma mulher dona de casa. Milla Jovovich consegue separar essas personagens em um status incrível. Em nenhum momento, ela deixa vago quem é quem. O amor que ela mantém pela personagem é muito forte e vemos isso desde o primeiro filme.

O roteiro chega a ser meio perturbante por que deixa coisas do passado vagos. Como Jill foi capturada, como K-mart, Claire e Chris são capturados... como sempre, parece que Paul andou esquecendo de alguns detalhes. Isso é muito comum, já que o roteirista e produtor da franquia adaptou por outros caminhos. Mas dou parabéns a produção que teve uma equipe muito bem preparada e disposta a transformar os cenários em algo "real".

Roteiro - 8,0
Direção - 9,0
Elenco - 8,5
Produção - 9,0

Total: 8,6

Resident Evil 5 Retribuição termina como os outros. Deixando o gostinho de quero mais e que o fim da humanidade pode estar mais próxima do que nunca... pena que não teve uma cena extra. Como será que o desfecho épico dessa franquia? Que venha Resident Evil 6.