sábado, 24 de março de 2012

CRÍTICA - FINA ESTAMPA


TÁ AÍ UMA NOVELA QUE NÃO FARÁ FALTA
NEM NO VALE A PENA VER DE NOVO

No início da trama, uma mulher, independente, amada e reconhecida por todos, com uma vida razoável, com fé, alegria e com filhos que amava e eles retribuiam... quer dizer quase todos... AGENOR. Um playboy metido a besta e que tinha vergonha de sua verdadeira identidade. Vergonha de seus status social. O primeiro capítulo da trama me fez refletir quantos jovens são assim com a mulher que o pôs no mundo. A mulher que sofreria pela rejeição do filho frente à sociedade... isso realmente é um ótimo tema a ser trabalhado.

era pra ser PER-FEITA... mas não foi.

A novela foi perdendo o rumo do que poderia ter tratado temas muito mais importante do que o amor de um casalsinho e um menino mimado. O menino que procuraria uma parceira pela internet... ótimo tema sobre redes sociais, mas que foi pouco utilizado na novela como um próprio debate... é seguro encontrar parceiros pelas redes sociais? Mas isso passou longe da cabeça do autor... houve mais preocupações em fazer pares do que mobilizar a sociedade... houve mais preocupações com o IBOPE do que com a história.

NOMES GLOBAIS nem sempre salvam uma trama. Mas devo admitir que o MARCELO SERRADO foi um LU-XO na novela... foi um dos personagens que realmente mais explorou a essência da homossexualidade... as piadas em meio à rua, que o gay defede mulheres que apanham do marido, que gays também podem ser fiéis aos seus parceiros(as). Bato palmas também para LILIA CABRAL que mostrou que seu talento se renova e que seus personagens são inesquecíveis a cada novela, a cada teatro ou filme novo.

CHRISTIANE TORLONI é um atriz sensacional, mas me perdoe o que eu direi agora, sabendo eu que a culpa não foi sua. O personagem no início lhe caiu bem, mas as mortes, muitas das piadas da Tereza Cristina e a partir do décimo capítulo, não consegui mais reconhecer o fruto do seu trabalho, pois maior parte da novela ouvimos mais o nome da Nazaré Tedesco do que realmente o autor poderia ter criado pra você. Isso sem falar que as maldades foram 75% iguais aos que Nazaré fez e pior do que isso... nem foi tão surpreendente, pelo menos, pra mim. Acredito que você terá coisas melhores a frente para mostrar.

O último capítulo da novela terminou cheio de enigmas e tivemos finais patéticos. Incompetência dos colaboradores ou do autor da novela.

CRÔ - Não revelou quem seria o possível namorado e ainda cita sobre a novela TIETA. O quê uma coisa tem haver com a outra?

PEREIRINHA - Afinal de contas, ele estava com Tereza Cristina, morreu ou não morreu?

DRA. DANIELLE - Ficou com o garanhão, mas e aí? Só esse final? Que felicidade ficou a personagem...

TEREZA CRISTINA - Como ela se salvou e como ainda ficou rica? Tinha dinheiro no exterior? Isso foi contado durante a trama? Com o quê ela trabalhava para continuar se sustentando com todo o luxo?

BALTAZAR - Voltou de vez a morar com a mulher? Voltou a ser o marido. Era gay ou não? (detalhe, palmas para o ALEXANDRE NERO, foi ótimo, mas foi mal aproveitado).

SOLANGE - Ficou rica, famosa? Nada para a personagem? Pra que tanto foco no decorrer da trama e no final esquecer o final?

GUARACY - Horrível o final de Guaracy, me poupe. Acho que ele realmente era caso perdido na novela e o personagem não foi aproivetado da forma que muitos brasileiros imaginaram.

GRISELDA - O final dela foi uma piada né? Vai ter continuação? Por que a LILIA, pelo o amor de Deus, deu o melhor de si pra terminar do jeito que terminou?Entre outros finis né?

observando minhas notas gerais, veremos a pontuação:

ROTEIRO - 4,5
PRODUÇÃO - 5,0
ELENCO - 6,5
DIREÇÃO - 2,0
AUTOR - 0,0
Total - 3,6

É uma triste nota para um autor como você que fez coisas melhores por nós. SENHORA DO DESTINO é um exemplo perfeiro de uma bela história, com personagens riquíssimos, FINA ESTAMPA nem aos pés de SENHORA DO DESTINO chega em sua introdução... detalhe... tira CAROLINA DIECKMAN das suas tramas, já cansamos de vê-la. Pra falar a verdade... ninguém mais suporta esse "brilhantismo" dela. Graças a Deus, o autor de PASSIONE percebeu isso e matou a personagem dela, poderia ter feito o mesmo.

esse é o meu ponto de vista. Quem sou?
Roberto Filho, escritor, produtor, roteirista e diretor de espetáculos teatrais e de filmes. Lamento se alguém ver e não gostar, mas é minha opinião, preciso expressar.
ROBERTO FILHO

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